Partilhar Lisboa

Junho 28 2015

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And being here without you
Is like I'm waking up to
Only half a blue sky
Kind of there but not quite
I'm walking round with just one shoe
I'm half a heart without you
I'm half a (wo)man at best
With half an arrow in my chest
I miss everything we do
I'm half a heart without you

 


Março 22 2015

*disclaimer: o texto é longo e muito pessoal, foi pouco editado portanto podem encontrar virgulas fora do sitio ou acentos em falta*

Quando se fala em rede social, acho que a maioria das pessoas pensa em facebook, curiosamente esta é a rede social com menor impacto na minha vida. E acreditem em mim, se há vida que se embrulha em redes sociais é a minha.  

 

Olhando para trás posso dizer que 2000 é o ano que marca o início da viagem que me tornou no que sou hoje e no que serei no futuro. 2000 foi o ano do meu primeiro emprego, foi aí que tudo começou, foi aí que passei a ter acesso à internet de forma regular, quer no trabalho quer em casa, pois apenas quando passei a ter um rendimento fixo me pude dar ao luxo de ter internet em casa (dial-up claro).

 

A minha primeira impressão da world wide web foi algo que ainda hoje me fascina, a forma como nos pode abrir horizontes e como encolhe o mundo. Naquela altura havia algo chamado “msn groups” (?), ou pelo menos é isso que o meu cérebro recorda, caí de paraquedas num desses grupos sobre F1, descobri que mesmo estando dentro de uma sala de 2x2 num cantinho de Lisboa, isso não me impedia de comunicar em tempo real com pessoas em locais tão distantes como UK, South Africa e Australia. Aprendi tanto nesse grupo, aprendi que não tinha de me envergonhar de gostar de um “desporto de rapazes”, aprendi que respeitar a opinião dos outros não nos impede de sentir a mesma paixão pelas nossas cores.

 

Depois veio o terravista, um misto de fórum e chat, uma experiência totalmente diferente, aqui eramos todos portugueses, realidades muito mais próximas, aqui era fácil haver uma componente física que complementava a interacção online. Ganhei pessoas para a minha vida que ainda hoje cá estão, aprendi a confiar no meu instinto (e até hoje ele não me falhou). Acima de tudo ganhei uma daquelas histórias de amor que se contam anos mais tarde com imenso carinho. Mais tarde trouxe-me também uma outra história, aquelas que para além de nos fazerem crescer nos fazem ganhar calo, aprender a levantar e a seguir em frente. Mas afastei-me das redes sociais durante um tempo.

 

Quando voltei, procurei algo dentro da zona de conforto e um dia resolvi entrar num fórum do Autosport, ainda hoje acontecem coisas na minha vida que eu consigo identificar como tendo início nessa minha escolha, “sangue, suor e lágrimas” quase podia ser o mote dessa minha fase, mesmo agora sempre que alguém me diz que ultrapassei algum obstáculo, eu refiro “isso não é nada, eu passei anos a ser a única rapariga num fórum de automobilismo”. Sei que sou uma privilegiada, nunca pertenci a uma minoria, formei-me numa área (Turismo) onde as mulheres estão em maior número. De repente percebo que o mundo não é assim, que para muita gente o simples facto de ter 2 cromossomas X não me torna diferente, torna-me inferior. Discuti, estrebuchei, indignei-me, argumentei e cansei-me. Saí de lá uma melhor pessoa e com amigos para a vida.

 

Foi de lá me surgiu a ideia de criar um blog e foi como chegar a casa, apesar deste blog estar pouco activo continua a ser a minha casa online, foi daqui que parti para outras aventuras e é sempre aqui que regresso.  Uma das coisas que os blogs me ensinaram foi que não precisava de me centrar apenas em algo, podia dividir a minha atenção por diversos interesses, por exemplo o fórum de uma escritora, foi lá que tomei conhecimento pela primeira vez dessa coisa chamada twitter, curiosa como só eu, criei uma conta, não me aguentei por lá muito tempo, continuei nos meus blogs e nos fóruns, afinal nem tudo o que é moda tem de ser a nossa cara. Algures nesta altura criei conta no facebook, e pouca história há sobre essa rede social, não tenho nada contra, muito pelo contrário, permite-me manter um contacto assíduo com pessoas que de outro modo teria perdido na vida.

 

É algures por aqui que digo “o twitter mudou a minha vida – parte 1” porque apesar de não ter percebido bem a parte social daquela rede, numa altura usei o twitter como acesso a notícias, seguia e era seguida por muito poucas pessoas, estava desempregada e deprimida na altura, uma das épocas mais negras da minha vida, um dia uma das poucas pessoas que seguia no twitter disse-me: “os meus pais estão à procura de uma pessoa para trabalhar na empresa deles, queres ir a uma entrevista” resumindo muito a história, 5 anos depois continuo a trabalhar na mesma empresa :)

 

Numa altura da minha vida em que o emprego era a única estabilidade, eu oscilava da euforia à profunda depressão mais depressa que um F1 chega dos 0/100kmh, a terapia começou a acalmar-me, a minha vida encarreirou, as redes sociais eram uma peça mais pequena na minha vida, de repente em várias frentes puxaram-me o tapete e eu fui de joelhos ao chão e é aqui que entra “o twitter mudou a minha vida – parte 2”, eu sou um ser social, sou independente e gosto muito de sossego, mas as pessoas fazem-me falta, naquela altura não tinha pessoas na minha vida, entrei no twitter porque todas as outras redes não eram opção, se calhar tive sorte, mas de repente seguia e era seguida por um grupo de pessoas que se auto-intitulava por “twitgang” não havia muita interacção da minha parte, afinal eu não tinha nada interessante para fornecer. Na altura a minha psicóloga atribuiu-me uma tarefa: “tomar uma atitude fora da minha zona de conforto”, andei semanas a marinar isso. Quando vi este grupo de pessoas a marcar um encontro tomei a decisão: é isto, é este o meu passo para fora da zona de conforto, e foi assim que acabei a crashar o encontro do twitgang na FLL :)

 

O twitter não é a minha ultima rede social, depois dele ainda vem o tumblr, uma experiência completamente diferente, como alguém me dizia no outro dia: “uma pessoa entra no tumblr por causa dos gajos giros e torna-se numa activista”. O tumblr abriu a minha mente ainda mais e libertou-me de alguns preconceitos.

 

Não faço ideia que redes sociais se seguirão, apenas espero manter por muito tempo esta curiosidade pelas novidades e capacidade de me adaptar à mudança. Porque não tenho nenhum problema em envelhecer assim, ganhando experiência e retirando o máximo de aspectos positivos desta ferramenta, de seu nome “internet”.

 

Uma última nota, estar activo numa ou em várias redes sociais não quer dizer que uma pessoa não tenha uma vida. A vida online não anula a vida real, elas podem e devem complementar-se.

 

Partilhado por AnaD às 17:35

Janeiro 15 2015

Strogonoff.jpg

 

Andava cheia de vontade de fazer um strogonoff, no outro dia no ECI vi as embalagens de carne e aproveitei. Congelei a carne e esta semana resolvi "strogonofar". Existem muitas receitas de strogonoff por essa net fora, mas aqui não é um desses locais, eu e as receitas, não nos damos muito bem. Mas vou partilhar convosco como preparo o prato. 

Começo sempre por descongelar a carne (ihihihih) tempero com sal, pimenta e louro, deixo repousar. Usei uma embalagem que tinha 300gr de carne. Ora comecemos: Coloco um fio de azeite no tacho e douro a carne, reservo, no mesmo tacho adiciono um pouco mais de azeite e uma cebola picada, assim que está lourinha junto-lhe tomate - aqui começa a minha "dança" desta vez usei um pacote de polpa de tomate, mas por vezes uso tomate pelado picado - e um pouco de vinho branco (pode ser um caldo de carne desfeito num pouco de água), uma pitada de sal e uma pitada de açúcar, de seguida junto a carne e enquanto aquilo cozinha arranjo os cogumelos, desta vez usei frescos que cortei na altura mas em lata também serve. Depois de adicionar os cogumelos deixo cozinhar baixinho uns 15/20 minutos. Depois é juntar um pacote de natas, verifico sal, junto pimenta, noz moscada (sempre e em quase tudo) e juntei também um pouco de piri piri. Deixo ao lume mais 10 minutos, mexendo de vez em quando. Quando apago o lume junto um pouco de orégãos (sou crente que tudo o que leva tomate fica melhor se levar um pouco de orégãos). Serve-se com arroz branco.

Não sou arrozeira mas gosto muito do arroz thai-jasmin do Pingo Doce, já sabem 1 chávena de arroz para duas de água, fio de azeite no tacho, coloca-se o arroz e "frita-se" até os bagos ficarem soltinhos, depois com MUITOOOOOO cuidado junta-se a água a ferver, uma pitada de sal e deixa-se cozinhar até o arroz estar cozido (tenho sempre um bocadinho de água quente para rectificar no fim se necessário)

 


Outubro 16 2014
Aqui há uns anos deparei-me com uma situação num centro comercial, que me fez preencher um daqueles panfletos de sugestão/reclamação. Um pai sozinho com uma criança, a trocar a fralda do rebento no chão do centro comercial, porque o fraldário estava dentro do WC das mulheres. Hoje em dia os fraldários são mistos. Lembrei-me disto hoje porque isto também é ser feminista. Os mesmos direitos para homens e mulheres.
Partilhado por AnaD às 19:10

Março 08 2014

Sou Mulher ...

Sou Livre ...

Sou Independente ...

Sou Profissional ...

Sou Respeitada ...

Estes são os motivos pelos quais não preciso de um "Dia Internacional da Mulher" ... mas é pelas mulheres que não têm um ou todos estes direitos que eu tenho de celebrar promover este dia e reinvindicar estes direitos para toda as mulheres!

 

Este post foi escrito originalmente em 2008, mas enquanto fizer sentido, enquanto houver mulheres sem direitos, será publicado a cada 8 de Março.

Partilhado por AnaD às 10:01

Dezembro 05 2013

Poucos livros me fazem chorar, emocionar sim, mas o verter de lágrimas não é assim tão fácil, mas há um que me deixa um nó no garganta que apenas algumas lágrimas conseguem desatar. Não é grande obra literária, não passa de um testemunho, se calhar por isso mesmo, porque aquilo é uma emoção real, talvez porque me lembro de ver a Noa no funeral do seu avô e isso me ter emocionado. Hoje ao saber da morte de Mandela, tive uma enorme contade de pegar neste livro e li o discurso de onde cito este parágrafo:


(...) Poucos te conheciam verdadeiramente. Falarão de ti durante algum tempo, mas sinto que ninguém é capaz de perceber como é imenso o nosso sofrimento, como é imensa a tragédia. É como se tivessem arrancado um pedaço de nós. (...) Noa Ben Artzi-Pelossof





Partilhado por AnaD às 23:32

Outubro 18 2013
O Manel sai de casa e a caminho do trabalho vê um cenário de acidente, destroços por todo o lado e um mar de gente. O Manel pede licença (ou não) e vai furando a multidão até que consegue ver o corpo mutilado. O Manel chega ao trabalho verde e nauseado, justifica tal facto aos colegas por se ter deparado com um acidente brutal a caminho do trabalho.
Partilhado por AnaD às 13:08

Outubro 11 2013

Não acho que quando alguém morre vira santo. Mas faz-me impressão gozar com eles, não por quem morreu, mas por quem cá fica, por quem está a fazer o seu luto. 

  

Há uns anos morreu uma figura pública deste nosso rectângulo, uma verdadeira besta, depois dela morrer, não disse que era uma pessoa desagradável, sem educação e preconceituosa, não porque ao morrer tenha sido absolvida de todos os seus "pecados" mas porque tem mãe, marido, filhos e amigos, pessoas que gostavam dela e que certamente não concordam comigo e são essas pessoas que sofrem com a sua morte, são elas que se sentiriam tristes se vissem um comentário meu nas redes sociais sobre a pessoa. Para mim morreu, morreu.

 

Fez-me impressão na altura da morte do Angélico as barbaridades que foram ditas pelas pessoas nas redes sociais, tal como hoje me incomoda as palermices que se escreveram sobre a Maria de Villota, porque meus caros, não é a sua qualidade como piloto que está em causa, é o ser humano que ela era, porque ninguém sofreu mais com a sua "falta" de talento do que ela própria, que se viu privada do seu sonho, de parte do seu corpo e com mazelas para o resto da vida, desde o seu acidente ela vivia numa estado de dor constante, mas mesmo assim trabalhava e sorria, casou-se e ia publicar um livro, e hoje morreu, provavelmente consequência dos danos do acidente, mas fica o legado de coragem e de perseverança, que a vida muitas vezes é filha da p*ta, mas que devemos respirar fundo sorrir e seguir em frente. 

Portanto se não têm nada de bom para dizer, por favor mantenham-se calados.

Partilhado por AnaD às 14:56

Outubro 11 2013

Durante o mês de Setembro a minha vida mudou um bocadinho, o bocadinho onde moro, não fui para muito longe, passei para a freguesia ao lado. Não foi fácil, por vários motivos, começou por ter tido um mês trabalhoso no escritório, depois foi mudar de um T4 para um T1, é certo que muito do que estava no T4 era dos meus pais, e finalmente, foi a mudança de 36 anos de vida. 

Três semanas depois da mudança, já tenho a roupa e sapatos praticamente arrumados, a minha sala de estar parece uma sala, a cozinha tem tudo arrumado, e a casa de banho falta-lhe o armário. Mas, os livros ainda estão todos por arrumar e a minha sala de jantar parece que caiu lá uma bomba com tantas caixas ainda por abrir. Tenho um armário, uma mesa e 4 cadeiras para reciclar. Só depois de tudo "no sitio" poderei ver se preciso de comprar mais algum móvel.

 

Ufff mudar de casa é uma canseira.

Partilhado por AnaD às 14:54
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Setembro 02 2013


Por favor acordem-me só em outubro!
Partilhado por AnaD às 12:21
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Agosto 01 2013

 

Este vai ser para lá de espetacular :)

Partilhado por AnaD às 00:01
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Julho 26 2013

Hoje vou contar-vos uma história:

 

No outro dia acordei, arranjei-me e saí de casa para ir trabalhar, quando dei por mim estava junto ao Campo Pequeno, quando olhei para a porta do antigo escritório, pensei: "Eu já não trabalho aqui. Mas onde é que eu trabalho?"

Sim, eu não me lembrava do meu local de trabalho, lá me caiu a ficha e lembrei-me que trabalho em Telheiras, "mas como é que vou para Telheiras??", comecei a panicar, porque parecia que não conseguia pensar, uma sensação muito estranha, parecia que a corrente de pensamento estava a fluir fora do meu alcance, como se tivesse um véu a tapá-la. Tive de respirar fundo, obrigar-me a não panicar, tomar a decisão de voltar para casa e então a partir daí seguir para Telheiras, até que de repente a engrenagem começou a funcionar e percebi onde estava e que tinha o metro mesmo ali ao lado. 

Tudo isto ocorreu em poucos minutos, mas verdadeiramente assustadores, eu sou pessoa que conhece Lisboa bastante bem, é a mim que muita gente recorre para saber como ir do ponto A ao ponto B, o facto de eu não conseguir processar como ir do Campo Pequeno para Telheiras é assustador. O facto de eu não conseguir pensar deixou-me muito perturbada. Acho que deve ser assim que se sentem as pessoas com Alzheimer. Claro que isto se deveu ao cansaço imenso que sinto e ao stress dos últimos meses. Agora dá-me vontade de rir, mas na altura não teve piadinha nenhuma.


Julho 22 2013

Todos os anos por altura do meu aniversário sou chamada à atenção que sou uma pessoa de prenda difícil, honestamente eu não entendo bem como, tendo em conta que fico contente com um livro, uma mala, um puzzle, um filme, uma flor, um postal ou um abraço. Mas pronto este ano fiz uma listinha de coisas que me deixariam muito feliz num plano mais consumista... ou não!! Não têm de agradecer.

QFlow de 4 perfis - 39,99€ nas lojas DeltaQ

  

Garrafinha "antistress" - 23,39€ na Firebox.com

 

Bateria para o Samo - 29,99€ na worten


Playstation - 199,99€ na Fnac


Moleskine Passion: Receitas - 17,55€ na Fnac


 

Qualquer um dos dois, ou ambos :)

O que faço para jantar? - 18,00€ na Fnac

Cozinhas Celebrar e Partilhar - 18,00€ na Fnac


Light Cloud Cheap and Chic (Moschino) - €34,20 na Perfumes & Companhia


Be Delicious Fresh Blossom (DKNY) - 36,00€ na Perfumes e Companhia

 

Tyler Hoechlin (com a barba SFF) - Priceless - algures em LA

Partilhado por AnaD às 00:21

Julho 15 2013

Puzzle 500pcs da Educa

Partilhado por AnaD às 23:32
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Lisboa é a minha cidade, é quem sou e condiciona o que penso e o que sinto, por isso ao partilhar Lisboa, partilho angústias e alegrias, revoltas e compreensão ... no fundo é um local de partilha de sentimentos!
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